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domingo, 24 de julho de 2011

Realização de rodeios no interior do Amazonas atrai público e competidores internacionais

O Rodeio Internacional de Itacoatiara vai movimentar R$ 2,5 milhões em seus três dias de atividades (5, 6 e 7 de agosto). O evento, que acontecerá no Centro de Convenções do município vai alavancar o comércio local, especialmente nas áreas de serviços. Participarão da festa peões da Bolívia, Peru, Venezuela, Costa Rica, Guatemala, além de nomes consagrados do Brasil, como Reinaldo da Silva (o Formiguinha) várias vezes campeão nacional. Os organizadores estão conversando com peões dos EUA e do Canadá e não descartam a possibilidade de terem representantes da América do Norte no rodeio.

Os investimentos da J.R Companhia de Rodeio são de mais de R$ 300 mil - entre prêmios (motos e dinheiro para os melhores peões e montagem da infraestrutura-arena). “Nós estamos na terceira edição e trabalhamos para ser o rodeio internacional privado mais importante do Norte do Brasil”, disse Juan Rolon, diretor da J.R. São aguardados cerca de 60 peões, que montarão 40 touros de primeira linha, a exemplo do que acontece em Barretos e Jaguariuna, no interior de São Paulo. O locutor do rodeio será Júlio Sampaio.

Atrações artísticas como Forró do Moído (no dia 07/08); Edu Guedes (no sábado 06/08); e Wagner Cuiabano (na sexta 05/08) prometem levar mais de 30 mil pessoas por noite ao Centro de Convenções. Mas a força do evento é o rodeio, pelo que ele representa de risco, coragem, desafio e adrenalina.

Em uma outra extremidade - neste caso com o apoio da Sepror, ADS, Idam, Afeam, entre outros órgãos do governo estadual - observamos eventos como o da Feira Agropecuária de Santo Antonio do Matupi, no quilômetro 180 da rodovia Transamazônica, no município de Manicoré, que de 2 a 10 de julho último apresentou um rodeio de alto nível, mesmo que em uma região de infraestrutura deficitária e de difícil acesso.

No Matupi, a feira movimentou R$ 1,5 milhão e o destaque foi o rodeio. “Nós nos mobilizamos para mostrar que o Matupi tem todas as condições de ser independente de Manicore, e que com mais de 100 mil cabeças de gado, o quarto rebanho bovino do Estado, está na hora de nos reconhecerem como força econômica regional”, disse o presidente da Associação dos Produtores Rurais e Pecuaristas do Matupi, Nardelio Gomes.

Se de um lado observa-se o sucesso dos rodeios, de outro há necessidade de investimentos na infraestrutura dos municípos que realizam essas festas de forte apelo regional e rural. Em Santo Antonio do Matupi não há aeroporto e a pista de aterrissagem é paralela a rodovia Transamazônica. Ela tem sérias restrições técnicas, em uma de suas cabeceiras há uma casa e animais são vistos passando pela pista momentos antes dos pousos e decolagens de aeronaves. O risco de acidentes é grave e quem tem evitado uma tragédia na região são os pilotos que, com perícia e ousadia, conseguem pousar com Grand Caravans e outras aeronaves de menor porte.

A ausência de asfalto nas empoeiradas ruas do Matupi é outro problema crônico. A precariedade das vias urbanas foi responsável por quatro mortes por acidente de motos, caminhões e carros, no período da realização da Feira Agropecuária. A falta contínua de energia é outro problema que tem afetado este rico distrito do interior de Manicoré.

Mesmo com todos esses percalços, Matupi tem conseguido se destacar na realização do seu rodeio, ao ponto de ter a presença do peão e juiz de rodeio Tião Procópio (espécie de Pelé dos rodeios no Brasil), como uma das principais referências de formação dos peões da região. “Nós realizamos cursos de especialização em monta de touro e de doma racional de equinos com os melhores do País: Tião Procópio e Mimi (Francisco Bezerra). Percebemos que os peões daqui estão acostumados com as durezas da vida do campo, mas querem aprender com quem sabe a arte do rodeio”, disse Muni Lourenço, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas que, num gesto de aperfeiçoamento da mão de obra local rural, conseguiu levar a mais de 50 peões, os cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. FONTE: PORTAL ACRÍTICA

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