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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Homem e mulher das cavernas invertiam papel social, diz estudo

Um estudo sobre os primeiros ancestrais humanos que viviam nas cavernas Sterkfontein e Swartkrans, na África do Sul, mostra que as mulheres invertiam seu papel social e abandonavam o núcleo original para unirem-se a outro, enquanto os homens permaneciam no lugar onde nasciam.

A pesquisa, publicada no último número da revista "Nature", é sem precedentes porque relata a existência de uma estrutura social pré-histórica.

A prática feminina de deixar o grupo original para acompanhar o de seus companheiros é comum em algumas culturas.

Esse mesmo padrão é verificado entre chimpanzés e bonobos, mas a maioria dos outros primatas, como os gorilas, o comportamento é o oposto. As fêmeas ficam com o grupo no qual nascem e os machos mudavam para outros lugares.

ANÁLISE - Os pesquisadores geralmente encontram dificuldades para entender como os primeiros hominídeos usavam a terra e se moviam pelo território somente com a análise morfológica e filogenética.

Liderado pela paleoantropóloga da Universidade do Colorado (EUA) Sandi Copeland, o grupo do estudo atual usou um indicador geoquímico --isótopos de estrôncio que se encontram no esmalte dental-- para determinar os movimentos dos hominídeos.

Foram analisadas dentes e restos de oito espécies Australopithecus africanus e mais 11 Paranthropus robustus, grupos que viveram entre 1,7 milhão e 2,4 milhões de anos.

Ambos viveram em savanas arborizadas, provavelmente se alimentando com uma mistura de frutas, grama, sementes e nozes.

Segundo a análise, apenas 10% dos machos se originaram fora de um raio de 30 quilômetros quadrados, contra mais da metade das fêmeas.

Em outras palavras, os homens só se aventuravam, e raramente, a mais de alguns quilômetros de suas cavernas.

O estudo também contesta o senso comum sobre como os primatas deixaram de se locomover em quatro patas e tornaram-se bípedes para percorrer grandes distâncias em busca de abrigo e comida.

Os indícios sugerem que os machos limitaram suas viagens às atividades de caça e coleta. Ou seja, a mudança para a posição ereta pode ter sido influenciada por outras necessidades. FONTE: AGENCIAS INTERNACIONAIS

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