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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sobrevivente de chacina no México diz que viajava com 76 pessoas

O equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, que sobreviveu à chacina de 72 migrantes latino-americanos na semana passada no México, disse que viajava com 76 pessoas quando foi interceptado pelo grupo que cometeu o massacre, informou o governo do Equador nesta quinta-feira (2).

- Viajavam comigo 76 pessoas.

Pomavilla fez a declaração no avião da presidência equatoriana que o levou de volta a seu país, no domingo.

Após o massacre, as autoridades mexicanas acharam 72 corpos e, na quarta-feira, confirmaram a existência de um segundo sobrevivente de nacionalidade hondurenha. Esse fato foi anteriormente revelado pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, baseado no testemunho de Pomavilla.

Sobrevivente alerta para perigos de entrar nos EUA ilegalmente

O equatoriano ratificou que a matança foi cometida pelo cartel de narcotraficantes Los Zetas, razão pela qual pediu a seus compatriotas que não tentem voltar ilegalmente aos Estados Unidos através do México.

- Não venham, há muitos bandidos que não deixam passar, não venham mais. Digo a todos os equatorianos que não viajem mais porque Los Zetas estão matando muita gente.

As autoridades mexicanas identificaram até agora 33 das 72 vítimas: 12 salvadorenhos, quatro guatemaltecos, um brasileiro e 16 hondurenhos, cujos corpos foram repatriados na quarta-feira.

Os 56 corpos foram enviados ontem à capital mexicana para análises das autoridades legistas. O corpo do brasileiro Juliard Aires Fernandes, de 20 anos e que era de Minas Gerais, pode ser liberado ainda hoje.

Honduras suspende repatriação de imigrantes

Ainda hoje, o governo hondurenho, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, decidiu cancelar a repatriação dos cidadãos do país mortos no México.

A informação foi confirmada pelo ministro Mario Canahuati, citado pelo jornal mexicano La Prensa. De acordo com a publicação, a decisão foi tomada após quatro dos 16 corpos repatriados ontem terem sido enviados erroneamente.

Na quarta-feira, as 16 primeiras vítimas identificadas como hondurenhas, foram recebidas por familiares e pelas autoridades em Tegucigalpa. Contudo, segundo o ministro, "houve cadáveres enviados erroneamente", pois "não correspondiam" às pessoas cujos nomes foram divulgados.

Outros seis corpos seriam enviados nos próximos dias, cinco deles já estariam "pré-identificados" e devem chegar entre amanhã e o fim de semana.

Honduras analisa agora a possibilidade de mandar ao México especialistas do Ministério Público para colaborar nas identificações. AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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